sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Estou farta de estar só!

Ultimamente não tenho tido tempo para escrever neste blog que me é tão querido. Os meus filhos estão lindos, maravilhosos e, tal como eu e o T, estão cada vez mais habituados a esta nova família de quatro. É óptimo! Às vezes é cansativo, mas é tão bom que supera o cansaço. Agora estamos numa óptima fase: o R está cada vez mais risonho e bem-disposto e a M cada dia lhe acha mais graça (e vice-versa). Os ciúmes existem (e hão-de existir sempre, calculo), mas a M já está muito mais habituada a conviver com eles e nós também. Também me sinto novamente com mais paciência e aquele instinto de proteger o R (como se fosse uma leoa) está mais controlado, o que ajuda a relação entre os manos. É tão bom! Quero mais! Bem sei que estou proibida de sequer sonhar com isso, mas a verdade é que quero. Não para já, pois claro, mas um dia...
Bom, mas vamos ao que vim. Estou farta de vir visitar este blog tristonho e enfadonho que só tem as minhas aventuras e desventuras. E gosto tanto de saber e de conversar sobre estes temas com outras mães, o que me levou a pensar: - porque não passar a ser este blog um espaço para mais mães que também gostem/precisem de falar sobre as suas experiências da maternidade. E os pais? Porque não? Se calhar eles também gostavam de ser super mães, ou então poderiam aproveitar a ocasião para "descascar" naquelas que o querem ser. Ou seja, eu gostava que este passasse a ser um espaço de partilha, quase uma espécie de fórum de mães/pais que gostam de reflectir/exprimir-se em torno destas questões.
Já penso nisto há bastante tempo, mas a minha falta de aptidão e perícia no que toca à gestão de um blog não permitiu que o fizesse. E agora, uma linda amiga ofereceu-se para o fazer. Por isso fico à espera, ansiosamente, de companheiros. Venham!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

AS PRIMEIRAS SAÍDAS DA REDOMA

Pois é, tive os primeiros espectáculos depois do parto do meu lindo R. Felizmente é tudo num ritmo ainda muito esporádico, pois ainda me custa muito abandonar o pequenino, nem que seja por três horas.
As primeiras saídas da redoma da maternidade não foram fáceis, pois a M voltou a ficar com febre e constipada (um vírus malandro que apanhou na escolinha) e logo a seguir o mano também teve a mesma coisa (ainda está agora a melhorar). A minha M aguentou-se muito bem à febre, mas desta vez teve mais tosse e ranho, acho que nunca lhe tinha visto tanta ranhoca! O R também se aguentou muito bem, eu é que me aguentei pior. Custa muito ver os nossos filhos doentinhos, ainda que sejam só estas coisas normais, mas quando são bebés a preocupação ainda é maior. A M teve pela primeira vez febre  com quase 1 ano, por isso eu nunca tinha visto um bebé tão pequenino com febre. Ele só queria dormir ao colinho, quando acordava chorava e notava-se que tinha um mal estar na barriguinha (cocós muito esquisitos). Felizmente a febre já lá vai. A barriguinha ainda está a recuperar e ainda há alguma ranhoca. À M só fiz vapores, reflexologia e dei-lhe o chá de sabugueiro. Ao R liguei à nossa fantástica médica (pois ele ainda é muito pequenino) e, para além do que fiz com a M (eu é que bebi o chá de sabugueiro e de camomila, pois ele mama), dei-lhe uns supositórios e umas bolinhas de camomila. Ainda fiquei de comprar chá de sálvia para fazer uma espécie de soro para limpar o nariz, mas não havia aqui na ervanária. Houve uma noite em que o R vomitou uma pasta de expectoração e aí assustei-me e comecei a chorar… meu filhinho… mas a partir daí melhorou. Depois de 2 dias em que pensava que tudo tinha acabado, voltou a febre (acho que é uma característica deste malvado vírus). Ora, tudo isto, esteve ali no meio dos dois espectáculos que tinha para fazer. Estivemos quase para cancelar, mas como o R melhorou, fui fazer, cheguei 15 minutos antes e saí a voar. No dia seguinte voltei a fazer o mesmo. Correram bem, o primeiro com muita adrenalina e um bocado apressado, tal era o estado interior, mas soube bem fazê-los, diverti-me e quando cheguei a casa o R estava bem, por isso pude respirar fundo.
Antes do R ter ficado doentinho, a M fez os seus 3 anos. Fizemos uma festa e ela gostou muito! Estava toda contente, tão linda! Quando acabou disse que queria fazer anos outra vez. Ela tem estado óptima. Sinto que a M anda mais ligada ao pai. Ela sempre gostou muito dele, mas escolhia sempre estar comigo e agora noto que já não é bem assim (excepto quando esteve doentinha). Fico contente, pois assim não fica triste quando estou a cuidar do mano, mas há um cantinho ciumento do meu coração que pensa… o pai está a ocupar o lugar da mãe no seu coração… eu sei que é tolice, mas não consigo evitar sentir. Claro que vou aprender a viver com isto, pois até é mais equilibrado, mas quero ter tempo para estar com ela… até me tem pedido muito menos para brincar! Ando mesmo a estranhar… Hoje disse-me: “eu também gosto quando o pai me vai buscar à escola”. Enfim, acho que a minha M está mesmo a crescer e um dia vai largar as minhas saias, o que será bom para ela… nesse dia vou sofrer!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

3 MESES E 3 ANOS

O meu lindo R fez 3 meses. Para além de estar muito bonito, faz uns sorrisos maravilhosos e… última novidade: dá gargalhadas. Estava ele nuzinho antes do banho e pus-me a dar-lhe beijinhos nas maminhas e a fazer-lhe cócegas e de repente vejo que começa a nascer uma gargalhada, exagerei e ele dobrou o riso… tão querido. Está cada vez mais simpático e aqueles lindos olhos enormes estão sempre atentos. Faz cada vez mais cocós sem ajuda e adora a mana!!! Vejo-o imensas vezes a olhar para ela e a rir. E ela, claro está, está cada vez mais encantada com ele. A minha linda M faz, para a semana, 3 anos. Está tão grande, tão bonita (tem uma cara maravilhosa), fala pelos cotovelos, canta por todo o lado e tem muita graça… é mesmo gira! Temos estado muito bem. Mas entre o Natal e o final do ano tivemos uns momentos mais difíceis. A M esteve doentinha e só queria miminhos. Andava, naturalmente, mais exigente. Eu, por causa das febres nocturnas (só foram duas noites, mas como não dou nada para baixar a febre, exige mais atenção da minha parte) e da tosse (que durou mais umas noites), andava mal dormida e com menos paciência. Houve um dia que fiquei com a M e o R, e o T foi trabalhar, que foi o culminar de toda esta canseira: eu e a M passámos o dia inteiro a embirrar uma com a outra, ela sentia o meu estado impaciente e chata e provocava-me, não fazia o que lhe pedia (só depois de muita fita) e o R, no meio disto tudo, sentia a minha irritação e ficava mais nervosinho. Houve um momento em que tentava acalmar o R ao colinho ao mesmo tempo que queria continuar a dar-lhe, à M, o almoço. Pedi-lhe para que sentasse, para ir comendo e ela disse que não. “Não quero” e não se sentava. Senti a ira dentro de mim e comecei a fazer ameaças tolas, até gaguejava, pois não sabia o que dizer e não queria exteriorizar, pois tinha o R nos braços. A pior ameaça foi: quando eu acalmar o mano, vou deitá-lo e vou pegar em ti e ponho-te na cama, não almoças nem nada, e vais dormir sozinha e fecho a porta do quarto (era totalmente incapaz de lhe fazer isto, mas queria dizer qualquer coisa gravíssima e assustadora). Ela chorou, mas não foi à mesma. Só acabou por se sentar porque eu lhe disse que enquanto ela não se sentasse não queria conversa nem brincadeira e ela fartou-se de falar sozinha. Nesse dia, quando finalmente os deitei disse ao T: “- Eu tenho uma relação tão boa com a M, não quero perdê-la e se ela anda birrenta eu tenho de lidar melhor com isso, pois adoro-a e não quero esta mãe para ela. Fui também espreitar um livro de um pediatra, que diz muitas coisas com as quais não concordo, ou melhor, não me identifico, mas de vez em quando leio lá algumas coisas que fazem sentido para mim. E ele falava que uma boa forma de lidar melhor com a rivalidade entre irmãos é incluir o mais velho nas tarefas com o mais pequeno. Eu sempre fiz isso desde que o R nasceu, mas a verdade é que com o passar do tempo, uma pessoa vai-se esquecendo destes pequenos gestos e, por vezes, fica egoísta e desfruta-os sozinha. Então, no dia seguinte acordámos as duas disponíveis para amar e vivemos uma verdadeira lua-de-mel com o nosso R muito mais feliz por nos ver assim, claro! E ela adorou dar banho ao mano. Para mudar as fraldas não tem muita paciência e se houver cocó foge a sete pés: “cheira muito mal!”. Desde então temos estado bem. Claro que surgem de vez em quando os momentos “eu também quero miminhos” quando eu estou a dar de mamar ou a dar colinho, em que vejo que ela tem ciúmes e quer atenção para ela também, mas já percebi que se eu não lidar mal com isso, a situação acaba por passar muito mais rapidamente, o pior é, claramente, quando essa situação me deixa irritada. Por isso, para este 2011 peço quilos de paciência para poder dar aos meus filhotes uma vida ainda mais feliz… e, já agora, para poder mimar mais o pai, que também merece (umas vezes mais que outras) e tem estado no fim da fila das minhas atenções. Desculpa, amor, vou-me esforçar! Parabéns, meus filhos, por crescerem tão bem e serem tão lindos!