quarta-feira, 1 de outubro de 2014

4 ANOS

Há 4 anos nasceu o meu pequeno R, o meu bebé. Há 4 anos entrei numa aventura desconhecida... mais uma. Há 4 anos tive de aprender a multiplicar o meu amor, a dividir a minha atenção, o meu corpo, os meus olhos, a minha alma, o meu coração... e custou-me tanto. Porque queria fazer tudo da melhor forma. Porque queria dar ao R o que tinha dado à M e queria continuar a dar à M o que sempre lhe tinha dado. E como não conseguia, sofri. Tinham-me falado como os filhos mais velhos podiam sofrer por lhes custar partilhar os pais, mas ninguém me tinha contado como era difícil partilhar os filhos. Uma mama aqui, uma brincadeira ali. Uma colher numa boca, outra colher na outra. Uma mão na fralda, outra a limpar um rabinho. Umas horas de sono com um, outras horas de sono com outro... Ufa! Ao início custou-me. E como não sou gaja de me queixar, só o admito agora, que passou a loucura do início. Aos poucos aprendi que não havia nada a fazer. Algo tinha mudado nas nossas vidas, para sempre e para melhor. Mais uma pessoa na família. E veio para se fazer notar, a exigir atenção, pois amor já o tinha garantido. Mas se não lutasse pela atenção, a mãe e a M, agarradas como lapas, não íam dar muito espaço. Mas ele veio, franzino e forte e, desde o primeiro dia exigiu o seu lugar no meu colo, nas minhas mamas, intensivamente. E eu e a M aprendemos a viver com este R tão forte, exigente, meigo, sensível, um principe guerreiro, um pirata dos amores. E o T encaixou-se neste trio e ganhou mais espaço e tornámo-nos uma família mais forte (e mais caótica) porque tivémos de aprender a partilhar o nosso amor entre todos. Querido R, foste e és um desafio lindo na nossa vida. Amo-te muito... Parabéns!

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