quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Também faço parte do "clube"...




... de quem queria ser uma super mãe. Seja lá o que isso for. Por isso, também posso escrever aqui!

Durante estes quase 10 anos de mãe - de um lindo "menino", o R (mais um R!) - foi essa a minha aspiração, embora, devo confessar, tenha plena consciência de que estive muuuuiiiito longe disso em tantos momentos. Mais do que aqueles que eu queria... E se a tampa salta quando eles fazem as birras dos 2, 3, 4 anos, o que dizer ao que pode acontecer (mesmo a mães aspirantes a "super") quando os nossos filhos já têm "quase" 10... É que, desenganem-se, porque as "birras"... continuam! Já não são por causa de não querer ir para a cama, nem por causa das visitas em casa à hora do jantar, nem mesmo por ataques de ciúmes de irmãos ou de primos mais novos, não! São muito mais sofisticadas! Até envolvem nomes e tecnologias muito pomposas e modernas. São assim, umas birras... "de gestão do tempo".

É que, aos "quase" 10 anos o R tem muita coisa para fazer! Se misturar aquilo que "tem" com aquilo que "quer" e o que "gosta", ele tem, assim que me lembre agora de repente, as seguintes "tarefas" só para os dias de semana (aqueles dias do "stress"): fazer os trabalhos de casa (todos certos), treinar violoncelo, ver TV, jogar playstations e similares, brincar com o iPod, ir ao facebook, telefonar ao pai, dar mimimhos à mãe, receber miminhos da mãe, tomar banho e vestir o pijama, ajudar a pôr a mesa para o jantar, jantar, lavar os dentes,... tudo isto em pouco mais de 3 horas, pois qualquer super mãe quer assegurar ao seu filho um mínimo de 9/10 horas de soninho descansado! Ora como é que o rapaz não há-de fazer "birras"!?

Quase que aposto que, nesta fase, as mães e pais dos mais pequenos já estão a pensar: "o meu filho ou a minha filha não vai ver TV, só meia-hora por dia, playstation não vai ter, facebook só depois dos 18 anos...". Eu também acho isso tudo muito bem e, claro, que o R tem regras para essas coisas todas - playstations só aos fins-de-semana, por exemplo - o que não impede que o grande desafio dele seja precisamente como me convencer a "quebrar" essas regras (nem sempre "convencer" é a palavra mais apropriada) e, por isso mesmo, que o meu grande desafio seja o de tentar ser uma super mãe com uma super paciência. Eu super amo o R, e às vezes acho que já estive mais perto de ser uma super mãe do que estou agora. Ser super mãe de um super filho de "quase" 10 anos é mais difícil do que ser super mãe de um super filho de 5 anos, é, portanto, a minha conclusão. E não me parece que isto venha a melhorar com o tempo...


1 comentário:

  1. C, até à data és a mãe mais experiente, ou seja, a que leva mais anos de mãe. Realmente o R tem pouquinho tempo para fazer tudo o que quer e precisa... que vida tão atarefada, bolas! Bem sei que uma vez por outra faz umas birrinhas e que não larga o telemóvel e todas as outras máquinas que o rodeiam e que ele já sabe que a tia não gosta (quando vem ter comigo não traz, tão querido), mas é muito lindo!!! Não sei como será lidar com todas essas coisas nessa idade. Como sabes tenho fama de radical (porque sou a chata que acha que se deve ver pouca televisão, que os miúdos não devem falar ao telemóvel e que há coisas muito melhores para fazer do que ficar sentado a jogar) mas não sei como será lidar com isso aos 10 anos sem parecer uma castradora. Mas também acho que, seja qual for a idade, se explicarmos bem os nossos motivos, eles acabam por entender, ou não?

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